terça-feira, 30 de março de 2010

Onça Pintada do BPA vai para o zoológico do Acre

 Larissa Moreira

A onça Rebeca, que vive a mais de dois anos na sede do Batalhão da Polícia Ambiental - BPA, irá para um zoológico de Rio Branco, no Acre. O Major Carlos Ronaldo de Araújo, veterinário do BPA, diz que o Batalhão não tem estrutura para criar o animal e as condições em que Rebeca vive hoje, não são boas.

O Batalhão Ambiental é responsável por reabilitar animais silvestres para que sejam devolvidos a floresta. Segundo o Major, a partir deste ano o Batalhão deve cumprir somente com suas obrigações de reabilitar os animais para que eles possam voltar a viver na floresta.
                                                                                             Foto: Larissa Moreira
A equipe do BPA, entrou em contato com o Ibama, que é responsável pela remoção dos animais para outros estados. Então o Ibama solicitou o zoológico de Rio Branco. De acordo com o major Ronaldo, as informações são que o zoológico tem uma boa estrutura para receber Rebeca. “Lá no Acre as instalações são excelentes. Ela ficará bem cuidada”, diz.

No zoológico, Rebeca passará por um processo de aproximação com outros animais da mesma espécie, inclusive machos. “Assim ela poderá procriar e terá uma vida mais ativa no local com outras onças pintadas”, observa.

CONVIVÊNCIA

Rebeca chegou ao Batalhão da Polícia Ambiental, em Cadeias do Jamari, quando tinha apenas dois meses. “Ela foi achada filhote, no meio da mata sozinha e foi trazida pra cá. A onça ficou mansa e não pode ser devolvida para a floresta, já que foi criada em cativeiro”, conta Ronaldo.
                                                                                             Foto: Larissa Moreira
F. Luiz, policial militar lotado no Centro de Recuperação de Animais Silvestres do BPA – CRAS, diz que começou a trabalhar no Batalhão, logo após a chegada de Rebeca, conhece a onça desde pequena. Diz que cuida mais da parte de alimentação do animal e da limpeza da jaula.

A orientação, já que a onça já está grande é que ela fique presa, porque mesmo quando está brincando ela pode machuca. “Somente alguns funcionários tem mais intimidade com ela. Uma tratadora entra na jaula e Rebeca até lambe e pula em cima dela. Mas quase ninguém pode fazer isso. A onça respeita a tratadora”, explica Luiz.

Ele é a favor de que a onça vá para o zoológico do Acre. Luiz acredita que ela viverá mais tempo. “Aqui não temos estrutura e é um local para os animais ficarem temporariamente. Sentiremos falta, mas sabemos que é para o bem dela”, comenta.

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